CULTURA

UM POUCO MAIS SOBRE NOSSA CULTURA

Sr. Matias dos Santos ou Sr. Aristides, um caboclo forte e carismático, nos contava que aprendera a Dança de São Gonçalo, rezas, conhecimentos para o uso das ervas e outras manifestações culturais como: Bumba Meu Boi, Samba de Viola, Queima das Palhinhas, Baile das Pastorinhas, Dança de Engenho, Dança da Loba, A Lenda do Boiuçu, etc, - desde a sua mais tenra infância com um ancião, antigo morador desta localidade onde a festa já era tradicional na Fazenda Mocambo (hoje está embaixo das águas da Bacia Joanes II que também engoliu o Rio Imbirussu).

DANÇA DE SÃO GONÇALO

Essas manifestações culturais estimam-se sua existência há mais de um século e meio quando outros acreditam que elas já viessem incorporadas no fazer e traço dos segmentos do Brasil Colônia.
Sr. Matias era o Capitão do Bumba-Meu-Boi, Rezador, Cantador e Dançarino.













 Na Dança de São Gonçalo ele era o Mestre e contava ainda com duas Rainhas, dois Reis, Pastoras e Pastores, Tocadores e duas adolescentes (Rosas Meninas) encarregadas de jogar Folhas de São Gonçalinho sobre o povo. Folhas estas usadas para acelerar o Trabalho de Parto. Além de outros benefícios do beato de Amarante, era devotada a ele a proteção às parturientes. Em Portugal, os brincantes de São Gonçalo jogam pães aos que assistem a Dança, assim, imortalizam o gesto humanístico do eremita Gonçalo que jogava pães aos leprosos de uma certa região daquele país.


                      CENÁRIO AONDE A DANÇA ESTÁ E A CERTIDÃO QUILOMBOLA:

Em Pitanga dos Palmares, localidade do município de Simões Filho, fazendo divisa com o município de Camaçari. No dia 05 de junho de 2005 a Fundação Cultural Palmares/MinC, promoveu a cerimônia de entrega da certidão de auto-reconhecimento para a Comunidade Remanescente do Quilombo de Pitanga dos Palmares. Se esta região rica em cultura, história, natureza pródiga já merecia os cuidados e promoções ainda mais agora nossas atenções deverão esta mais que redobradas no sentido da preservação e valorização das matrizes etnohistóricas deste povo e, enfim, promover incrementos para sua salvaguarda, qualidade de vida e garantias sociais, ocupação e renda! Senão, como se manter de pé?!